

Gelcio Mendes, oncologista e coordenador de assistência do INCA, explica que o aumento de casos está relacionado ao envelhecimento da população.
“A gente está observando um aumento no número de pessoas com mais de 60 anos de idade e uma queda na proporção de pessoas com menos de 20 anos. Então, a nossa população está crescendo e envelhecendo. Como o câncer é uma doença que chamamos de crônica degenerativa e que o número de casos vai aumentado à medida que as pessoas vão ficando mais idosas, esse é o principal fator”.
O tratamento do câncer é um processo longo. Normalmente, são necessárias sessões de quimioterapia e radioterapia para destruir as células cancerígenas. Lidar com a doença exige muita força e determinação. Um grande exemplo é Telma Cristina, que já enfrentou tumores nas duas mamas, um no intestino e agora, luta contra o quarto câncer, no reto.
“Eu nunca questionei a Deus por isso, nunca. Eu via e sentia no meu coração que o câncer, em momento algum, veio para me prejudicar e sim para ajudar outras pessoas”.
Wilson Oliveira, de 66 anos, tomou um susto há três anos. Ao realizar um exame de toque, o médico constatou uma alteração na próstata. Ao fazer uma biópsia veio a confirmação do câncer no órgão em estágio avançado. Foi preciso fazer uma cirurgia para retirada da próstata. A operação era considerada de risco, mas ele reagiu muito bem e sem complicações. Hoje, recuperado, ele acredita que a motivação é fundamental para enfrentar o câncer.
“Essa doença, como você sabe, é tremenda, mas se você tiver calma e um tratamento bom, vive muito”.
Nesta semana em que se comemora o dia Nacional da Luta Contra o Câncer, as estatísticas do da doença no mundo continuam alarmantes. De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, uma entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), devem surgir 18,1 milhões de novos casos pelo mundo até o fim de 2018. A projeção é de que este ano termine com 9,6 milhões de mortes em todo o mundo por consequência da doença.
Com Agência do Rádio