Casa amarela news - Criatividade

Marcando nosso retorno do recesso, encontramos duas pessoas na região que usam a criatividade pra faturar um extra. Conheça Vilma e Juliano aqui no Jornal Fé e Cidadania

>>> Dona Vilma Uchôa é artesã há muitos anos, mais de 30. Sempre gostou de fazer bolsas. Aprendeu a fazê-las em um curso no Morro da Conceição, bairro onde mora e onde há três anos produz os artigos da marca Usyme.

“Uma amiga me chamou para um curso do Cio da Terra. Eram mulheres da comunidade que se juntavam e faziam bolsas e vendiam. Vendíamos até para fora do Brasil, para Portugal, para a Rússia. Fiquei dois anos nesse grupo”, lembra.

Depois de trabalhar como cabeleireira e na Prefeitura do Recife, decidiu voltar para as bolsas. O nome era Uchôa Criações, até que um amigo dela fez um curso de empreendedorismo no Senac e, durante as aulas, criou e desenvolveu a marca Usyme. “Ele precisava ter produtos para testar e vender. Aí depois que acabou o curso, ele me deu a marca de presente”, conta Vilma. “A ideia dele foi boa e as bolsas foram bem vendidas”.

No carnaval, as pochetes coloridas e brilhantes fizeram sucesso. A filha de Vilma, a atriz Mohana Uchôa, também ajudou a pensar e fazer brincos que continuam à venda pela Usyme.

Os modelos de bolsas variam de ecobags até mochilas e carteiras. São feitas de tricoline, couro e até com materiais reciclados, como lonas de caminhões. Os preços variam de R$ 30 a R$ 80.

No começo, as vendas eram feitas para amigos e pela internet. Há um ano, os produtos da Usyme estão sendo vendidos também na loja colaborativa Espaço Ventos, em Casa Forte (Estrada do Encanamento, 675).

>>> O ano era 2015 e o publicitário Juliano Ribeiro estava descontente com a rotina profissional na agência em que era sócio. Multi-instrumentista que participou de bandas que marcaram época no Recife, como a Pulso 100 e a Parafusa, ele havia deixado de lado a música para seguir na publicidade. Em crise na carreira, ele se voltou para a antiga e primeira paixão.

Mas como se sustentar com música? Ou melhor, como aliar música e publicidade? Foi aí que esse morador de Casa Amarela teve uma ideia em forma de pergunta: “Será que alguém compraria uma música?”.

O começo não foi fácil. Como cobrar por uma música? “Pensei em um valor que não é caro, nem barato, parcelo em cinco vezes e criei uma dinâmica de trabalho. Todos os dias vou para o estúdio, depois de deixar meus filhos na escola”, conta Juliano.

Em 2016, o projeto engrenou. Foram dez canções feitas. Em 2017, trinta e sete. Agora em 2018, Juliano só tem agenda para junho.

As músicas que Juliano Ribeiro faz sob encomenda geralmente são para presentear. E quase sempre marcam momentos familiares. A chegada de um bebê, o aniversário de casamento.

Para que as músicas tenham a letra e a melodia que vão emocionar o presenteado, Juliano criou um formulário. “Aí a pessoa dá todos os detalhes e preferencias. O estilo e as músicas que a pessoa mais gosta”, diz.

Com Poraqui