O amor faz de tudo - parte 1

“Em alguns momentos, achamos que não temos mais força, que é difícil demais suportar. Mas aí você olha para o seu filho lutando para viver, você reza com fé, vai se fortalecendo e, quando você vê... já passou”, diz Mirela Miranda Nobre, 38.

Acompanhe a primeira parte da história de uma guerreira chamada: MÃE!

Formada em Turismo, Hotelaria e Inglês, esta baiana de Miguel Calmon tem dois filhos, Carlos Eduardo, 9 anos, e Melissa, 5 anos incompletos, e teve de dar uma pausa na carreira por um motivo urgente: acompanhar de perto a filha caçula, cuja rotina inclui, semanalmente, sete sessões de fisioterapia, duas de terapia ocupacional, uma de fonoaudiologia, duas aulas na Apae, além de alimentação a cada três horas e medicação das 6h às 23h.

Melissa nasceu com Síndrome de Down e uma cardiopatia congênita que faz com que ela tenha de encarar muitas cirurgias, internações e intervenções. Aos 5 meses, após o implante do marca-passo, a bebê também foi diagnosticada com paralisia cerebral.

Mirela não conhecia nada de medicina, mas como missão dada para mães é missão cumprida, resolveu aprender _ e entender _ tudo o que se passava com a menina. “Eu fiz questão de aprender tudo da área médica que envolve minha filha, desde os termos até a execução de procedimentos, como aspirar, discutir antibióticos, ler exames laboratoriais, questionar condutas. Não sou médica, mas posso dizer que de minha filha eu entendo.”

Houve vezes em que, graças a uma observação da mãe sobre a condição da filha, os médicos chegaram a decisões mais favoráveis sobre procedimentos. “Costumo falar que ela é uma faculdade de medicina completa, de neurologia a ortopedia tem um pouco de tudo, imunologia, cardiologia, radiologia, cirurgia, mais as terapias... Só sendo mãe de UTI para aprender tudo o que aprendi.”

do catracalivre