Altos e baixos do emprego

 >>> Após melhoras em 2017, a taxa de desocupação voltou a crescer no trimestre de fevereiro a abril de 2018, chegando a 12,9%. Os dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad), divulgada pelo IBGE.

O resultado foi puxado pelo corte de vagas no Comércio, que teve diminuição de 439 mil pessoas (-2,5%) na população ocupada em relação ao trimestre encerrado em janeiro.

A Pnad aponta ainda que a população ocupada teve redução de 969 mil pessoas (-1,1%) na comparação com o trimestre encerrado em janeiro, sendo a queda mais expressiva entre os empregados com carteira assinada, com a saída de 567 mil trabalhadores (-1,7%) do grupo.

>>> A produção da indústria brasileira teve recuo inesperado de 0,1% em março perante o mês anterior. Com isso, o setor ficou estagnado no primeiro trimestre (queda de 0,1%), depois de ter crescido 1,7% no quarto trimestre de 2017 sobre o período anterior.

O ritmo da indústria neste ano vem se mostrando lento mesmo diante de inflação e juros baixos, uma vez que o desemprego ainda elevado contém o consumo e impede melhora econômica mais robusta num ano de eleição presidencial envolta por indefinições.

>>> O Brasil tinha 3,035 milhões de pessoas em busca de emprego há dois anos ou mais no primeiro trimestre de 2018, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

No quarto trimestre de 2017, o contingente era de 2,896 milhões. Ou seja, eram 139 mil pessoas a mais no desemprego neste ano ou uma alta de 4,8%.

O contingente de pessoas desempregadas há mais de dois anos representa 22% do total da população desocupada no primeiro trimestre, que chegou a 13,7 milhões de pessoas.