Saneamento básico e o lixo

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) divulgou que ampliou em 12 anos o prazo para concluir as obras de saneamento nas 15 cidades da região metropolitana do Recife (RMR), passando de 2025 para 2037 o término. A repactuação do contrato com uma empresa particular sobre uma parceria público-privada para realização das intervenções foi apresentada.

Também teve mudanças no que diz respeito à obrigação de investimentos do parceiro privado, que aumentou. Antes, do total de recursos que seriam aplicados no Programa Cidade Saneada, 25% era de responsabilidade do poder público e 75% do parceiro privado. Com a repactuação, foram transferidos mais investimentos para a BRK Ambiental, empresa que substitui a Odebrecht Ambiental, presente no contrato inicial.

Segundo a Compesa, a previsão é iniciar, até 2023, obras no Recife e nas cidades de Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Olinda, Goiana, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Ipojuca. Algumas das obras previstas para iniciar no segundo semestre deste ano prevê implantar a primeira etapa dos Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) dos municípios do Cabo de Santo Agostinho (área central) e Goiana (Centro e Ponta de Pedras).

Diante dos impactos ambientais e riscos à saúde, atrelados à destinação incorreta do lixo, a Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CMAS) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) propôs visitas periódicas aos principais aterros sanitários e lixões do Estado. Medida visa identificar in loco o tratamento dado aos resíduos sólidos.

A primeira delas foi ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR Candeias), que recebe os resíduos provenientes de Jaboatão, Recife, Cabo de Santo Agostinho, Moreno, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão. Estima-se que por dia são depositadas a céu aberto em Pernambuco 4,4 toneladas de lixo.