Altos e baixos da educação


Nos últimos cinco anos, a rede municipal de ensino do Recife registrou um aumento de 27,5% no número de matrículas de estudantes com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, com um salto de 2.661 deles registrados em 2012 contra 3.392 matriculados em 2017. Se comparado os dados do ano passado com os de 2016, o aumento de matriculas de alunos com deficiência, autismo e altas habilidades/superdotação foi de 5,5%. Saltou de 3.215, em 2016, para 3.392, em 2017, representando 3,7% do total da rede, formada por 90.166 estudantes.

Atualmente, estes estudantes contam com 120 salas de recursos multifuncionais, que são espaços com equipamentos pedagógicos específicos para o desenvolvimento deles. Há salas bilíngues para os alunos surdos matriculados na rede municipal de Ensino. Atualmente, 69 estudantes estão matriculados em 19 turmas distribuídas em oito escolas que funcionam como polos. Nelas, eles aprendem Libras como primeiro idioma, ampliando o uso social da linguagem de sinais, e português como segunda língua, para contemplar o ensino na modalidade escrita em todas as áreas de conhecimento.

A partir de janeiro de 2018, a Secretaria de Educação do Recife se une à Secretaria de Educação do Estado e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para alertar a sociedade para o tema através da campanha "Escola Inclusiva é Legal", na qual a principal mensagem é fazer a população conhecer que a prática de cobrança de taxas extras para alunos da educação inclusiva é ilegal.

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o acesso à educação ainda é um desafio para milhões de brasileiros. Mais de dois milhões de crianças e adolescentes não frequentam a escola.

A falta de políticas públicas voltadas para a educação é uma das principais causas desses números preocupantes. De acordo com o Tribunal de Conta da União (TCU), dos 800 municípios pesquisados, quase metade não se mobiliza para diminuir a evasão escolar. Isso mostra que os próprios pais e responsáveis tem que buscar uma vaga para os filhos nas escolas, o que muitas vezes é um calvário.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) explica que as prefeituras são as gestoras das redes escolares e cabe a elas fazer esse tipo de monitoramento.