Como vencer a violência

As comunidades são os alvos prediletos dos que destilam energias negativas, principalmente por quem compõe a mídia, que pouco deixam as pessoas serem representadas nos seus espaços de comunicação, mesmo que esses espaços sejam concessões públicas. Daí uma mentira a mais uma mentira a menos com quem já está em estado de vulnerabilidade, pouco importa para aqueles que não tem coração e pouco se preocupam com a vida dos pobres. Marginalizar através do poderio comunicativos os bairros pobres, gera audiência.

Essa parte pequena da população, mas que tem o poder, só aparece na quebrada (em grande parte) para destilar suas matérias sensacionalistas, perversas e violentas. Foi pensando nisso que o Coletivo Força Tururu criou um roteiro sistemático de comunicação e valorização comunitária.

As estratégias usadas pelo Coletivo Força Tururu foram simples, porém eficazes: a primeira questão é identificar através de um processo de pesquisa e escuta ativa quais os anseios dos moradores da comunidade. Tendo esses dados em mãos (e no papel) é importante transformá-los em ação, tudo que eles enxergam como importante, dar visibilidade, seja pela organização de fanzines onde há participação deles e delas na construção, nas ideias, nas falas; na produção de vídeos, onde o povo tenha condições de se expressar e por fim conseguir fazer com que todo esse material volte à população, através de cineclubes, articulação com mídias sociais, impressão de informativos, etc. O trabalho central é dar visibilidade e empoderamento as pessoas com comunicação popular e comunitária.

Então esse acúmulo de ações faz gerar mídia, apresenta a comunidade para o cenário da comunicação mais elitizada, aquela que é intocável: dos rádios, jornais e televisões empresariais.  A valorização comunitária tornou-se um ponto forte nessa estrategia montada pelo Coletivo Força Tururu. 

Todo mundo (Universidades, jornais, mídia em geral, indivíduos, grupos, coletivos, entre outros) passaram a querer saber quem era o Coletivo Força Tururu a partir de um processo de comunicação popular e comunitária tendo como frente do seu trabalho a valorização de seu espaço e uma bandeira de luta permanente.

Adaptado do Coletivo tururu