Levantamento do IBGE aponta que o Brasil contabilizou 11,8 milhões de analfabetos no ano passado. O número representa 7% da população acima de 15 anos de idade do país, enquanto a meta do Plano Nacional de Educação era de diminuir o índice para pelo menos 6,5% em 2015.
A população mais atingida é negra ou parda e mora na região Nordeste do país.
Enquanto que na região Sul a taxa de analfabetismo é de 3,6%, no Nordeste ela chega a 14,8%, quatro vezes maior. No Sudeste, a taxa de pessoas que não sabe ler ou escrever representa 3,8% do total e no Centro-Oeste 5,7%.
A pesquisa apontou ainda que a população autodeclarada negra ou parda possui menos acesso ao ensino. A taxa de analfabetos é de 9,9%, contra 4,2% entre brancos. A característica é a mesma no ensino superior, sendo 8.8% contra 22,2% , respectivamente. A maior distinção ocorre na região Sudeste, onde 25,6% das pessoas brancas são formadas contra 9% da população preta e parda.
A maior parte dos analfabetos abandonou os estudos para trabalhar. Foi o caso de 50,5% dos homens e 30,5% das mulheres.
A segunda maior causa da evasão escolar feminina são os cuidados com afazeres domésticos ou pessoas, 26% do total.