Pela segurança nos ônibus

Aimée Carvalho realizou, na quarta (30), audiência pública sobre botão de perigo nos ônibus. Foi a segunda realizada para debater o projeto de lei para conter os casos de violência que estão cada vez mais frequentes. A primeira ocorreu em maio, quando ficou decidido que seria necessário ampliar os debates. O projeto de lei original, 59/2017, propõe que um botão será acionado pelo motorista ou cobrador em caso de crimes como assaltos, roubos, violência contra funcionários, entre passageiros, ou ainda depredação do veículo por vandalismo. Através desse mecanismo, a informação será enviada por meio de sistema de posicionamento global (GPS) à central de monitoramento da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), que mandará uma viatura ao local da ocorrência.

Neste ano, a Secretaria de Defesa Social registrou 978 ocorrências na grande Recife.  Em represália, 102 criminosos foram presos. Em julho, no Recife, foram 67 assaltos dentro dos coletivos. O projeto de lei está aguardando pareceres das comissões de Legislação e Justiça; de Redação; de Acessibilidade e Mobilidade Urbana; de Segurança Cidadã; e de Finanças e Orçamento. A matéria continua em aberto, esperando sugestões da população, mas o nosso desejo é que ela seja votada em plenário no mês de setembro.

Para participar dos debates, esteve presente o major Alexandre Tavares, que faz parte da Força Tarefa Coletivos, da Secretaria de Defesa Social (SDS).  “O dispositivo é interessante, mas é preciso ampliar as discussões sobre como o sistema irá funcionar. Como ele será instalado? Quem vai operar a central que receberá os dados? É preciso lembrar que essa central terá que funcionar 24 horas por dia e sete dias por semana”, explicou.  Nessa mesma linha de pensamento, o comandante da Guarda Municipal, inspetor Marcílio Domingos, que representou o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, na audiência, disse que o projeto de lei “é interesse por que representa o uso da tecnologia em favor da segurança”.

Mesmo assim, ele entende que é preciso aprofundar a ideia. O diretor Adjunto da polícia civil, Ricardo Cysneiros, considerou que o botão de perigo é “uma ferramenta a mais no combate à violência dentro dos ônibus”, mas, da mesma forma que os outros participantes da audiência pública, ele entende que o assunto  precisa ser mais debatido. 

do recife.pe.leg.br