Tradição do botão


Enquanto passa seus "jogadores" na almofada de carnaúba, o militar reformado Abiud Gomes fala sobre a seriedade de uma das atividades mais tradicionais na infância: o futebol de mesa. Antes da chegada dos computadores e da popularização dos videogames, era através dos botões que os mais jovens organizavam suas equipes, colocavam seus ídolos em campo. 


Hoje em dia, um grupo mantém vivo o jogo, sendo muito mais que uma diversão. Membros da Associação Pernambucana de Futebol de Mesa se reúnem todo fim de semana com suas equipes de todos os tipos: acrílico, resina, osso. Entre estes, um em especial chama a atenção: o botão de chifre.

Criado por presos da antiga Casa de Detenção do Recife (a atual Casa da Cultura), o botão feito com chifres de boi foi introduzido na década de 40 em Pernambuco. Atualmente, uma equipe de chifre é raridade, verdadeiro item de colecionador, difícil de encontrar. Um time completo pode custar em torno de 400 reais.

Além da composição diferente, e o formato distinto do que é jogado no resto do País, o botãobol tem regras únicas, que têm por objetivo deixar o jogo mais parecido com o futebol de campo. Com uma vasta coleção à mostra na entrada da Associação, Ribamar mostra orgulhoso a paixão pelo time gaúcho, que data de 1958.

Nos campeonatos organizados pela Associação Pernambucana de Futebol de Mesa, cada jogador representa uma equipe. Desde os pernambucanos até os times mais tradicionais do Brasil.

Do folhape.com.br

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