Tá difícil registrar queixa

Mulheres vítimas de violência têm encontrado dificuldades de registrar agressões e conseguir acolhimento no Recife. Um dos casos mais recentes ocorreu recentemente, quando uma gestante foi agredida pelo marido e conseguiu registrar o caso na polícia apenas no dia seguinte.

A vítima, grávida de 4 meses, foi agredida pelo marido e mais um homem com socos e chutes em um bar no bairro de Boa Viagem, às 21h30 de domingo. Os homens ainda a arrastaram pelo cabelo e jogaram seus pertences na rua. Uma barra de ferro foi usada pelo companheiro para ameaçá-la, segundo a vítima, que pediu para não ser identificada.

Funcionários e clientes do bar testemunharam a agressão e ligaram para a Polícia Militar (PM), que informou não haver viatura disponível no momento. Com medo de que o marido voltasse ao local, a vítima decidiu ir a um hospital, com ajuda de uma estudante de psicologia, que também não quis se identificar.

Mais de duas horas após o ocorrido, os policiais militares chegaram ao local, mas não registraram o flagrante pelo fato de a mulher já não estar no local.

Ao chegar ao Hospital da Restauração, a vítima foi informada de que precisava ir até o Hospital da Mulher do Recife, referência para esse tipo de caso. A gestante foi levada de ambulância e na unidade foi atendida por psicóloga, médica e assistente social. A vítima também dormiu no local.

Da Agência Brasil

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