Ouvido por 89% dos brasileiros, rádio aposta em tempo real e interatividade

Já decretaram seu fim diversas vezes, meras “barrigadas”. Foi assim com a chegada da televisão e com o crescimento da internet. Mas é claro que, como um senhor de noventa e poucos anos, o rádio teve que entender que a sociedade mudou. “Não era assim na minha época”, diria como a maioria dos avós. Como alguém que já viu e viveu de tudo um pouco, usou a experiência para se unir a todas as “ameaças”.

Começando pelo fato de ser onipresente. Está no ônibus a caminho do trabalho, na cozinha de casa, no jogo de futebol ou no carro parado no trânsito. Além disso, é como aqueles tios “moderninhos” que descobriram o áudio no WhatsApp ou o emoticon no Facebook. Usa o streaming, podcast, SMS, redes sociais e tudo o que tem direito.

“A internet potencializou atributos que o rádio possui há várias décadas, como interatividade, segmentação e mobilidade. A rede social já está totalmente inserida na dinâmica das emissoras que desejam estar ainda mais conectadas com as suas audiências, indo além do dial”, diz Fernando Morgado, professor, jornalista e escritor.

Se os meios de comunicação fossem pessoas, o rádio seria o amigo; o jornal, o professor; a revista, a celebridade; a televisão, a família e a internet, a namorada. Segundo um estudo de mídia realizado pelo Instituto Ibope, o rádio está sempre por perto e representa distração e companhia. Maior do que a população de países como Espanha, Coreia do Sul, Argentina ou Canadá: esse é o alcance do meio no Brasil, levando em conta as 13 principais regiões metropolitanas. Em números reais, são 52 milhões de brasileiros.

“Se você imaginar quais são os dois grandes atributos de qualquer mídia encontrará tempo real e interatividade. São duas características que se confundem com o rádio. Em tempos de mexida no mercado, ele ganhou com a internet, acabando com a questão da barreira geográfica. O internauta consome da maneira que for mais conveniente. Outra coisa é que não se paga para ter informação, num mundo onde as pessoas querem informação de graça”, comenta Mariza Tavares, diretora-executiva da CBN.

do portal imprensa

Comentários