saúde

Março é o mês da conscientização do Mieloma
 
Durante o mês de março a International Myeloma Foundation esta preparando várias atividades para alertar e lembrar a população que o mieloma múltiplo é uma doença subdiagnosticada no Brasil, e isso precisa mudar!
A campanha “Fale a Alguém sobre o Mieloma”, realizada em vários países no mundo todo, tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o mieloma múltiplo tendo a colaboração de cada paciente, familiar, amigo ou cuidador. Todos participam contando a alguém que não tem conhecimento sobre a existência do mieloma. Se cada um de nós falar sobre o mieloma a pelo menos uma pessoa, estaremos dobrando o conhecimento sobre a doença.

Mieloma Múltiplo é um câncer que se desenvolve na medula óssea, devido ao crescimento descontrolado de células plasmáticas. Embora seja mais comum em pacientes idosos, há cada vez mais jovens desenvolvendo a doença. Pode ser tratada e controlada por tempo muito prolongado e o paciente poderá ter uma vida normal, com as atividades pouco interrompidas se seu tratamento e seguimento for realizado corretamente. Por essa razão tal patologia não deve ser encarada como uma doença fatal, em que o paciente terá pouco tempo de vida, pois com os novos avanços, a terapia para o mieloma é possível e o paciente pode permanecer anos com a doença controlada.

As células plasmáticas fazem parte do sistema imunológico do corpo. Elas são produzidas na medula óssea, sendo liberadas para a corrente sangüínea. Normalmente, as células plasmáticas constituem uma porção muito pequena (menos de 5%) das células da medula óssea. 
 
Sintomas
Os sinais e sintomas mais freqüentes são: dores ósseas que não respondem ao uso medicações para dor ou fraturas ósseas patológicas isto é que ocorrem com pequenos traumas e alterações bioquímicas do sangue ou da urina.

Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico de mieloma requer a ocorrência de pelo menos dois dos seguintes itens:

1. Uma amostra de medula óssea com células plasmáticas acima de 10% (geralmente acima de 20 a 30%). Essas células plasmáticas normalmente são monoclonais.

2. Uma série de raio-X de todo o esqueleto que mostra lesões líticas em pelo menos três ossos diferentes.

3. Amostras de sangue ou urina com níveis anormalmente elevados de anticorpos (imunoglobinas) ou proteínas de Bence-Jones: secretadas por células plasmáticas e detectadas por um processo chamado eletroforese de proteínas.

4. Uma biópsia mostrando um tumor de células plasmáticas (plasmocitoma) dentro ou fora do osso.

Tratamento
Os tratamentos para o mieloma têm quatro objetivos:

1) Estabilização: tomar medidas para evitar os desequilíbrios bioquímicos e do sistema imune que podem ocorrer durante a evolução do mieloma e que constituem ameaças fatais.

2) Paliativo: aliviar o desconforto e aumentar a capacidade do paciente de ter funções normais.

3) Indução à remissão: diminuir a severidade dos sintomas, reduzindo a velocidade ou interrompendo temporariamente a evolução da doença.

4) Cura: atingir uma remissão completa e permanente.

Em outras palavras, a finalidade do tratamento é que o paciente se sinta melhor e seu organismo funcione melhor, isto é, que uma melhor qualidade de vida. O tratamento também deve controlar os efeitos da doença no funcionamento normal do corpo, reduzindo a velocidade desses efeitos ou parando temporariamente. As remissões podem durar anos ou até décadas.

 

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